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O Surdo e o mercado de trabalho

Com o advento da lei de inclusão da pessoa portadora de deficiência no mercado de trabalho, nos trouxe um misto de esperança, satisfação, como também frustração.

Em outro artigo eu vou abordar isso de maneira mais clara, mais objetiva inclusive trazendo depoimentos dos surdos.

Mas vamos ao que interessa; Com a promulgação da lei, enchemos todos nós de orgulho. Afinal o trabalho dignifica a pessoa, não é mesmo?

Mas porque a frustração? Eis uma pergunta com dois gumes: - São eternos insatisfeitos, nunca é o suficiente! Mas será que você, ouvinte, conhece o verdadeiro motivo para esta insatisfação?

Não é evidente que não! Até porque não convive com eles e portanto não tem como saber, não é mesmo! A bem da verdade é que somos muitos superficiais; - Nos preocupamos quando somos afetados direta ou indiretamente. Aí sim, vamos engrossar as fileiras dos indignados. Estou de rodeios? Não, é evidente que não!

Estou fazendo uma pequena introdução para que você tenha noção para o que vou colocar a seguir. É provável que tenha testemunhado algum evento desse.

Pois bem! através da chamada cota, o surdo com nível médio ou superior ele vai ao mercado de trabalho todo esperançoso na busca de sua inclusão.

Cheio de esperança e satisfação ele vai ao mercado de trabalho em busca do tão sonhado emprego que lhe permite a inclusão e por conseguinte um salário que lhe permita ter uma certa independência financeira. Assim ele vai aos centros de triagens e aos encaminhamentos direcionados.

Ao chegar na empresa, para a sua contratação, a primeira constação: - Emprego, só se for operacional. Trocando por miúdos braçal e que não exija muito esforço intelectual.

Essa é a primeira frustação, mas ainda assim ele aceita. Tem consigo um pensamento: - Trabalhando, demonstrando a minha dedicação quem sabe não acontece uma promoção?

Ledo engano! Por mais que esforce, nos mais variados quesitos, dentre os quais a pontualidade, a assuidade e dedicação. Pois, entendemos que esses façam parte do conceito "COMPETÊNCIA", ou estou errado?

Não há como ele progredir e porquê? - Simplesmente não há como comunicar. Comunicar? Ou o desejam para ser o burro de carga, com mísero salário e ele que se contente com isso, pois há vários para substituí-los, não é mesmo?

E o esforço, quanto ao aprendizado? Não tem valor?

Que tipo de futuro pode almejar uma pessoa dessa!

Na verdade, a lei foi um paliativo da sociedade para satisfazer aos anseios eleitorais de alguns e com isso lenvatar a bandeira da propalada inclusão social.

Aliás! os poderes de governos não cumprem a lei!

Eu pergunto: - Você já viu quantos surdos ou deficientes auditivos ocupando cargos públicos em todas as esferas? Quantos? Não dá para contar nos dedos!

Inclusão social? Onde? Em que país? Em que planeta?

Seria cômico se não fosse trágico!

Esse que vos escreve é deficiente auditivo, com várias formações e entretanto, jamais foi aproveitado, mas aproveitam de mim, da minha liderança da minha capacidade de arrigimentação. Para isso nós servimos e ndada mais!

Eu luti há anos, visando a melhoria de qualidade de vida de nossa comunidade e de outras também, pois somos irmãos em deficiências.

Há hoje pessoas que sobrevivem em públicos e privados graças aos deficientes e mesmo assim, essas mesmas pessoas nos tratam com desdém, para não dizer desprezo.

Sei que não serei "ouvido", até porque a imensa maioria não vai esse artigo ou mesmo se importar. Mas eu precisava fazer o meu desabafo.

Esse site, foi na íntegra constituído por mim, utilizando este construtor de site. Felizmente através dele vou dar vazão as angustias, os desabafos dos discriminados. Será o nosso "Grito do Silêncio".