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Brasil fecha acordo para exportar US$ 4 bilhões...

Brasil fecha acordo para exportar US$ 4 bilhões em milho para a China.


atualizado | 07-11-2013 | 17:54:58 | JornaldoSurdo



O vice-presidente Michel Temer e o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, assinaram ontem (6) um acordo com a China para a exportação de milho. Com o acordo, o Brasil, que tem aumentado a produção e precisa exportar mais, poderá vender o equivalente a US$ 4 bilhões em milho para o país asiático.

A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffman, afirma que o valor permitiria a exportação de 10 milhões de toneladas do produto somente para a China --segundo o Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), em 2012 as exportações totais do Brasil foram de 19,8 milhões toneladas.

Gleisi comemorou a notícia através de sua conta no twitter. "Recebi com satisfação a informação de que Brasil e China assinaram acordo que viabiliza a importação do milho brasileiro pelos chineses", disse

Segundo o Mapa, com esse acordo o país caminha para se tornar um dos maiores fornecedores do produto para a China. O acordo passará a vigorar depois que um certificado fitossanitário for emitido, o que normalmente leva algumas semanas.

China deve importar 7 milhões de toneladas de milho na safra 2013/2014

A China passou de exportadora a importadora de milho há poucos anos e os volumes comprados têm crescido. Na safra 2012/2013 a China importou 3 milhões de toneladas, volume que deverá saltar para 7 milhões de toneladas em 2013/2014, de acordo com estimativas do Departamento de Agricultura dos EUA.

O Brasil, por outro lado, elevou sua produção de milho em cerca de 60% nos últimos 10 anos, atingindo um recorde acima de 80 milhões de toneladas na safra 2012/2013. Com tanta oferta, o país precisa exportar mais.

A exportação recorde de 19,8 milhões de toneladas em 2012, foi puxada por uma quebra de safra nos EUA, maior fornecedor mundial. Até setembro deste ano, as exportações brasileiras somam 15,6 milhões de toneladas.

O acordo de exportação para a China foi firmado em sessão da Cosban (Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação), que é a mais importante instância de negociação entre os dois países.

Países negociam fim de embargo da exportação de carne brasileira para China

A reunião também representou avanços no processo de suspensão do embargo da carne brasileira pelos chineses, que, segundo o vice-presidente, será concluído em breve - Temer foi escolhido pela presidente Dilma Rousseff para representar o país em questões comerciais.

"Por isso, acordamos com as autoridades chinesas a mais rápida realização de visitas técnicas também com vistas à habilitação de novos estabelecimento exportadoras de carnes bovinas, suínas e de aves", disse.

Segundo o Mapa, um grupo de trabalho será criado para tratar de biotecnologia agrícola e biossegurança, que vai lidar especialmente com produtos geneticamente modificados. Segundo Temer, o grupo de trabalho vai facilitar a liberação de novos tipos de sementes.

Ministro espera aumento de investimentos da China na infraestrutura brasileira

No encontro, representantes da China demonstraram também interesse em investir nas áreas de energia e infraestrutura.

Em entrevista à Agência Brasil antes de embarcar, o vice-presidente disse que o fato de as estatais chinesas CNPC e Cnooc participarem do consórcio que venceu a licitação para explorar o petróleo do campo de Libra significa abertura para que outras empresas venham para o Brasil.

Segundo o vice-presidente, a preocupação de investidores com a burocratização dos contratos brasileiros será superada.

Hoje (7), Temer é recebido em Pequim pelo presidente chinês Xi Jinping. Na capital chinesa, o vice-presidente também se encontra com um grupo de empresários brasileiros e chineses. Os ministros Antônio Andrade, da Agricultura; da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp; da Secretaria de Aviação Civil, Wellington Moreira Franco, e os secretários executivos do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Ricardo Schaefer, e de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, participam da comitiva.


Agência Brasil