Inadimplência cai para 5,1% em agosto, aponta BC

Inadimplência cai para 5,1% em agosto, aponta BC


atualizado | 27-09-2013 | 14:41:54 | JornaldoSurdo



Seguindo o aperto monetário, em andamento desde abril, os juros médios subiram em agosto

Empresa de crédito pessoal no centro de São Paulo

Empresa de crédito pessoal no centro de São Paulo (Roberto Setton)

A inadimplência medida pelo Banco Central no mercado de crédito caiu para 5,1% em agosto, ante a leitura de 5,2%, de julho. O dado leva em conta os empréstimos de recursos livres, ou seja, aqueles que não são destinados para a compra de um bem específico, como carros e moradias, por exemplo. 

Considerando os recursos totais no mercado de crédito brasileiro, incluindo também os recursos direcionados (créditos destinados para a compra de determinados bens, como financiamento de imóveis e veículos), a inadimplência ficou estável em agosto ante julho, a 3,3%.

No período, o spread bancário - a diferença entre o custo do banco para captação do dinheiro no mercado e o valor recebido como pagamento pelos empréstimos - foi de 17,7 pontos percentuais também no segmento de recursos livres, inalterado ante julho. No crédito total, o spread ficou em 11,3 pontos percentuais, abaixo dos 11,4 pontos percentuais verificado em julho.

O BC informou ainda que o estoque total de crédito no Brasil subiu 1,3% em agosto ante julho, chegando a 2,578 trilhões de reais, ou 55,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

Juros — A taxa média de juros no segmento de recursos livres fechou agosto em 28%, superior aos 27,5% em julho. No crédito total, os juros ficaram em 19,3% no mês passado, mais do que os 19,1% apurados no mês anterior.

Os indicadores de crédito seguem influenciados pela alta dos juros básicos, iniciada pelo Banco Central em abril para controlar a escalada da inflação.

Em mais uma etapa desse aperto, em 28 de agosto, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou em 0,50 ponto porcentual a taxa Selic, para 9% ao ano, indicando que deve manter o atual ritmo de aperto monetário para domar a alta dos preços.


com  Reuters