Receita dos serviços cresce 8,6% em junho.

Receita dos serviços cresce 8,6% em junho, aponta IBGE


atualizado | 21-08-2013 | 14:32:04 | JornaldoSurdo


Dados foram apresentados pela Pesquisa Mensal de Serviços, inaugurada nesta quarta pela instituição

Profissionais de comercialização e consultoria de serviços bancários

De acordo com o IBGE, os serviços prestados às famílias registraram variação de 9,0% e os serviços de informação e comunicação, 7,6% (Getty Images)

A receita bruta do setor de serviços subiu 8,6% em junho, ante igual mês de 2012, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), inaugurada nesta quarta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A receita bruta do setor acumula alta de 8,4% no ano e elevação de 8,9% em 12 meses.

Em termos trimestrais, como é medido o Produto Interno Bruto (PIB) do país, o crescimento da receita bruta nominal do setor de serviços acelerou na passagem do primeiro para o segundo trimestre deste ano, passando de 7,6%, na alta do primeiro trimestre fechado, para 9,2% no segundo trimestre.

Como o levantamento é recente, ainda não há divulgação de dados com ajuste sazonal (mês contra mês imediatamente anterior), pois, segundo o IBGE, ainda é necessária a existência de uma série histórica de aproximadamente quatro anos.

Setores — O IBGE divulgou também o crescimento da receita bruta nominal por atividades de serviços. Os serviços prestados às famílias registraram variação de 9,0%; os serviços de informação e comunicação, 7,6%; os serviços profissionais, administrativos e complementares, 7,8%; transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, 9,8%; e outros serviços, 11,0%.

O objetivo do IBGE com a nova pesquisa é tentar preencher uma lacuna nas estatísticas sobre a economia brasileira ao medir e acompanhar o setor de serviços, abrangendo pouco mais da metade das atividades. A PMS produzirá índices nominais de receita bruta, desagregados por atividades e com detalhes para alguns estados. Os primeiros estudos para a elaboração da PMS são de 2009 e a pesquisa foi iniciada em 2011, ano-base de referência para o cálculo dos indicadores. 

Pesquisa — Todos os meses, a PMS trará quatro tipos de índice: o índice de base fixa, que permite o cálculo da variação de um mês contra a média do ano de 2011; o índice do mês frente a igual mês do ano anterior; o índice acumulado no ano (compara os índices acumulados de janeiro até o mês do índice com os de igual período do ano anterior); e o índice acumulado em 12 meses (compara o índice acumulado dos últimos 12 meses com os de igual período imediatamente anterior). 

O índice geral terá resultados para o Brasil e para todas as unidades da federação. Já o índice por atividade será apresentado em cinco grupos, desagregados em dez atividades, apenas para o Brasil. Em nível menor de desagregação (somente nos cinco grupos), o índice por atividade será divulgado para 12 estados: Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Distrito Federal.

A PMS monitora as empresas de serviços com 20 ou mais pessoas ocupadas. A amostra da pesquisa é de quase 9,5 mil empresas, distribuídas em todos os estados e no Distrito Federal. Para os estados da região Norte, são incluídas apenas as sediadas nos municípios das capitais - com exceção do Pará, onde são consideradas também as dos municípios da região metropolitana de Belém. 

PIB — Atualmente, o peso do setor de serviços é de 67,5% do valor adicionado bruto (renda gerada pela atividade econômica) do PIB, e de 62,1%, dos postos de trabalho. No entanto, a PMS abrange 36,5% do valor adicionado bruto e 34,6% dos postos de trabalho, segundo o IBGE. Ficam de fora serviços financeiros e de seguros, administração pública, serviços de saúde, serviços de educação, assistência social e serviços sem fins lucrativos.


com Estadão Conteúdo