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Síria adverte EUA: se atacarem o país, farão...

Síria adverte EUA: se atacarem o país, farão arder todo Oriente Médio.


atualizado | 24-08-2013 | 20:25:30 |


A crise na Síria em fotos

O governo sírio advertiu os Estados Unidos que, se atacarem a Síria, farão "arder todo o Oriente Médio". A declaração foi feita pelo ministro de Informação do país, Omran Zubi, neste sábado (24), em entrevista ao canal de TV Al Mayadin, sediado em Beirute, segundo trechos divulgados pela TV estatal síria. 

Ele disse que, se os EUA decidirem usar um ataque militar contra o país árabe, "não será um piquenique para ninguém sob nenhuma circunstância, porque uma agressão teria graves repercussões e seria uma bola de fogo que faria arder todo o Oriente Médio".

Na mesma entrevista, o ministro rechaçou as acusações feitas pela oposição contra o governo do ditador Bashar al Assad. "Nunca usamos armas químicas na Síria, de qualquer forma, seja líquida ou gasosa", disse. 

O ministro disse, ainda, que o governo sírio "continuará seu combate contra o terrorismo até o final".

Os rebeldes que lutam contra o governo de Assad acusam o regime pelos ataques com armas quími. O governo, por sua vez, disse neste sábado (24) que achou em um depósito dos rebeldes produtos químicos como os que foram usados nos ataques com gás de Damasco.

Neste sábado, a rede de TV síria Arab News Agency (Sana) divulgou imagens que, segundo o governo, mostram materiais usados por rebeldes para a fabricação de armas químicas. 

A diretora do Departamento de Assuntos de Desarmamento da Organização das Nações Unidas Angela Kane chegou à Síria neste sábado para pressionar peloacesso de inspetores da ONU a um local no qual teriam sido usadas armas químicas.

EUA estudam resposta

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se reúne neste sábado com seus assessores de segurança nacional para discutir relatos de que o governo sírio usou armas químicas nesta semana em um ataque a um subúrbio de Damasco, disse uma autoridade da Casa Branca em comunicado.

Obama reluta em intervir na guerra civil que já dura dois anos e meio na Síria, que ele descreveu como um "complexo problema sectário". Mas, um ano atrás, ele disse que a utilização de armas químicas seria uma "linha vermelha" para os Estados Unidos. Agora, o presidente norte-americano está sob pressão para tomar medidas.

"Temos diversas opções disponíveis, e nós vamos agir de forma muito deliberada para tomar decisões consistentes com o nosso interesse nacional e com a nossa avaliação do que pode avançar em nossos objetivos na Síria", disse a autoridade da Casa Branca.

A Marinha dos EUA reposicionou um navio armado com mísseis de cruzeiro no Mediterrâneo, na sexta-feira. O secretário de Defesa Chuck Hagel disse que Obama pediu ao Pentágono opções sobre a Síria.

Fontes do serviço de segurança dos EUA e da Europa disseram na sexta-feira que as agências de inteligência fizeram uma avaliação preliminar de que armas químicas foram usadas pelas forças sírias no ataque perto de Damasco nesta semana.


 

(Com agências)