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Senado aprova PEC que obriga pagamento de...

Senado aprova PEC que obriga pagamento de emendas de parlamentares.


atualizado | 06-11-2013 | 11:13:04 | JornaldoSurdo



Foram 62 votos a favor e 9 contrários na votação em primeiro turno; após ser aprovada, a proposta ainda terá de retornar para nova análise da Câmara.

Gabriel Castro, de Brasília
Plenário do Senado Federal em Brasília

Plenário do Senado Federal em Brasília (Dida Sampaio/AE)

O Senado Federal aprovou nesta terça-feira, em primeiro turno, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) doOrçamento Impositivo. Foram 62 votos a favor e 9 contrários. Nesta quarta-feira, a Casa ainda vai apreciar destaques que podem alterar a proposta.

A medida estabelece que as emendas parlamentares, no valor de 1% da Receita Corrente Líquida da União, devem ser totalmente executadas. Um dos destaques a ser apreciado é a elevação desse percentual para 1,2%. Em 2013, esse valor seria equivalente a cerca de 13 milhões de reais por parlamentar. 

Na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, o texto recebeu um formato diferente daquele aprovado anteriormente pela Câmara; os senadores incluíram no projeto a obrigatoriedade de que 50% das emendas sejam aplicadas, obrigatoriamente, na saúde pública. A alteração era um pedido do governo.

Quando a votação for concluída no plenário do Senado - que ainda precisa votar a proposta em segundo turno -  a PEC voltará para a Câmara dos Deputados, onde passará por uma última votação antes de ser promulgada. 

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) pediu a aprovação do texto: "O que nós estamos votando neste momento é um pouco de equilíbrio federativo. O orçamento que se vota todo não é um orçamento autorizativo. As emendas parlamentares são um pedaço pequeno do Orçamento". 

  1. Por que as emendas são importantes?

    Porque, por meio delas, os deputados conseguem destinar recursos aos seus redutos eleitorais. A inauguração de uma ponte ou uma quadra esportiva rende dividendos políticos com a população e com prefeitos que fazem parte da rede de apoio ao deputado ou senador. Nos últimos anos, muitos casos de corrupção envolvendo emendas parlamentares também vieram à tona. A dificuldade na fiscalização dos recursos favorece os desvios.
  2. Como funciona hoje?

    Cada deputado tem direito a 15 milhões de reais em emendas individuais ao Orçamento anual. Mas cabe ao governo federal decidir se aplica ou não os recursos. A presidente Dilma Rousseff, alegando razões econômicas, cortou boa parte das emendas nos três anos de seu governo.
Como ficaria com as novas regras?

O governo teria de aplicar em emendas 1% da Receita Corrente Líquida da União. Em 2013, isso equivale a 6,75 bilhões de reais - 11,3 milhões por parlamentar. Se houver risco de o governo fechar o ano no vermelho e surgir a necessidade de um corte, as emendas só podem ser contingenciadas na mesma proporção que atingir o restante do Orçamento.
com a Veja