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"Nenhuma nação democrática vai admitir quebra de soberania", diz Dilma sobre espionagem americana.


atualizado | 24-10-2013 | 11:48:32 | JornaldoSurdo



Em entrevista dada a uma rádio de Belo Horizonte nesta quinta-feira (24), a presidente Dilma Rousseff  disse acreditar que as reações contrárias à espionagem americana por parte dos países que foram alvo dessas ações ainda crescerão.

"Nenhuma nação democrática vai admitir essa quebra de sua soberania e essa violação dos direitos civis de sua população, que é o que se faz através da Agência Nacional de Segurança americana", disse a presidente à rádio Itatiaia, lembrando que diversos chefes de governo já se posicionaram contra as atividades da ANS em seus países.

"É uma prática que viola gravemente a nossa soberania, os direitos dos cidadãos, o sigilo das nossas informações estratégicas. Por isso nós tomamos e continuaremos tomando uma série de medidas", declarou Dilma, ao ser questionada pela rádio em relação à espionagem sofrida pela chanceler alemã, Angela Merkel.

O caso veio à tona nesta quarta-feira (23), quatro dias após o jornal francês "Le Monde" divulgar que a França também fora alvo de espionagem dos serviços de inteligência dos Estados Unidos. Segundo a agência Ansa, um porta-voz do governo alemão afirmou que a chanceler teve seu celular monitorado por agentes norte-americanos, episódio que a própria Merkel definiu como "inadmissível".

Dilma disse que reafirmou "a inconformidade do governo brasileiro" em relação à espionagem tanto em conversa com o presidente dos EUA, Barack Obama, durante o G20, quanto na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas deste ano, e que Obama tem se comprometido a tomar as medidas cabíveis para resolver o caso.   

Dilma defendeu a criação de um marco civil multilateral, que estabeleça critérios internacionais para o uso da internet, para garantir a segurança dos dados que trafegam na rede. Para Dilma, a medida iria "impedir que qualquer argumentação de combate ao terrorismo, que não cabe no meu caso, que é o caso do Brasil, e acredito que não caiba também no caso da violação do celular de Angela Merkel, seja usada como álibi para a guerra cibernética". 

A presidente falou ainda das manifestações que têm ocorrido no país desde junho passado, dizendo que os protestos "fazem parte do fortalecimento da democracia", mas que "é inadmissível em um país democrático a destruição de patrimônio público e privado". Durante a entrevista, Dilma também defendeu o programa Mais Médicos, que foi sancionado na última segunda-feira, e disse que o leilão do pré-sal no campo de Libra vai possibilitar recursos que serão empregados nos setores de educação e saúde. 


com o Uol