Justiça apreende carros de luxo de empresa suspeita de pirâmide em Goiás.
atualizado | 02-09-2013 | 20:56:21 | JornaldoSurdo
A Justiça Federal determinou a apreensão de 45 carros de propriedade da Bbom (Embrasystem Tecnologia em Sistemas Importação e Exportação Ltda.) e de outros quatro automóveis registrados em nome de João Francisco de Paulo, o sócio-proprietário da empresa.
Entre os carros apreendidos pela Polícia Federal estão 18 Mercedes Benz, 4 Lamborghinis, 3 Ferraris, 1 Maserati e 1 Rolls Royce Ghost, informa o MP.
O pedido foi feito pelo Ministério Público Federal em São Paulo, que investiga a empresa de rastreadores de veículos por suspeita de formação de pirâmide financeira, disfarçada de marketing multinível. Em 10 de julho, a Justiça já tinha determinado o bloqueio de bens da companhia.
Os carros eram usados para premiação dos associados e também por diretores da empresa, informou o departamento jurídico da BBom, por meio da assessoria de imprensa. "Eram carros iguais aos usados por diretores de grandes empresas", informou a BBom. Ainda segundo a companhia, os veículos já tinham sido colocado à disposição da Justiça.
Empresário teria recebido R$ 11 mi, diz MP
João Francisco de Paulo teria recebido em suas contas pessoais mais de R$ 11 milhões e investido, somente em maio e junho, R$ 4 milhões em fundos de previdência privada, segundo nota do Ministério Público.
A BBom afirma que se trata de informações privadas do próprio empresário e que o departamento jurídico da empresa não reconhece esse tipo de informação, e "considera isso tudo uma grande especulação", informou o departamento jurídico, por telefone, por meio da assessoria de imprensa.
A decisão judicial é do dia 16 de agosto, e os carros foram apreendidos no dia 19 de agosto, mas a informação só foi divulgada pelo Ministério Público nesta segunda-feira (2).
A Justiça Federal também decretou o sequestro de imóveis e de todos os valores mantidos em instituições financeiras em nome da Embrasystem e dos sócios João Francisco de Paulo, Jefferson Bernardo de Lima e José Fernando Klinke.
Empresa é investigada por formação de pirâmide
A pirâmide financeira é uma modalidade considerada ilegal porque só é vantajosa enquanto atrai novos investidores. Assim que os aplicadores param de entrar, o esquema não tem como cobrir os retornos prometidos e entra em colapso.
Nesse tipo de golpe, são comuns as promessas de retorno expressivo em pouco tempo.
Na Bbom, as pessoas que se associavam ao negócio eram remuneradas a partir da indicação de novos participantes. No ato da vinculação, havia um pagamento de R$ 60 para o cadastro e adesão no valor no plano escolhido, que variava de R$ 600 a R$ 3.000.
A BBom afirma trabalhar com marketing multinível, e não pirâmide financeira.
com Uol