Governo e cias. aéreas criarão rotas para evitar caos na Copa.
atualizado |31-10-2013 | 14:00:55 | JornaldoSurdo
O governo federal e as quatro grandes companhias aéreas que atuam no Brasil irão criar rotas exclusivas para atender à demanda de passageiros durante a Copa de 2014. Além da criação e liberação de novos horários nas rotas mais concorridas, como entre o Rio de Janeiro e São Paulo, serão criadas rotas exclusivas para o Mundial entre algumas das cidades-sede que não possuem vôos regulares entre si.
De acordo com o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Wellington Moreira Franco, a medida visa aumentar as opções de deslocamento dos torcedores entre as sedes dos jogos e ajudar a diminuir a pressão sobre os preços durante a Copa do Mundo no ano que vem. "Vamos criar rotas exclusivas para atender à Copa", afirmou o ministro na manhã desta quinta-feira (31) durante o evento "Encontro Nacional de Editores da Coluna Esplanada", promovido pelo jornalista Leandro Mazzini.
"Vamos aumentar a oferta de vôos nas rotas já existentes e criar vôos regulares onde não existem", disse o ministro da Aviação Civil. Questionado pela reportagem após o evento sobre detalhes do plano do governo, Franco disse que os detalhes ainda estão sendo discutidos pelo governo e as companhias aéreas, mas deu um exemplo. "É só olhar a malha e ver onde vai faltar. Por exemplo, hoje não existe um vôo regular entre Cuiabá e Salvador. Isso provavelmente será necessário".
Na tarde desta quinta-feira, um comitê criado pelo governo federal para acompanhar a evolução dos preços dos serviços e produtos durante a Copa de 2014 faz sua segunda reunião, desta vez com previsão da participação de representantes da Tam, Azul, Gol e Avianca.
O comitê, presidido pela ministra-chefe da Casa Cilvil, Gleisi Hoffmann, e composto por representantes da Anac, Ministério da Justiça, Procons, Embratur e Ministério do Turismo, entre outros, foi criado após o jornal Folha de S. Paulo revelar que o preço a ponte aérea entre São Paulo e Rio de Janeiro já custava, em outubro, mais que a viagem entre São Paulo e Nova York, nos Estados Unidos, durante o período do Mundial, em junho do ano que vem. Após a revelação, os preços baixaram.
Após a primeira reunião, na semana passada, o governo disse que não irá controlar o preço de passagens aéreas e nem o de diárias de hotéis, mas atuará para previnir o que chamou de abusos. De acordo com Gleisi Hoffmann, os Procons e o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) podem agir caso seja constatada a combinação de preços, o que poderia caracterizar a formação de cartel.
Moreira Franco minimizou o problema. "Houve uma excitação muito grande com esse assunto. Só saberemos a real demanda por vôos e o patamar dos preços a partir do começo de dezembro, após o sorteio das chaves da Copa", disse. "Teremos toda a oferta necessária de vôos e preços justos não só para os turistas estrangeiros, mas também para os brasileiros, nossa maior preocupação", afirmou o ministro.
O ministro da Aviação Civil também afirmou que está descartado pelo governo autorizar empresas aéreas estrangeiras a operar no Brasil durante a Copa de 2014 para suprir eventuais faltas de vôos. "Não se preocupem com a Copa, não teremos problemas e não haverá abuso", afirmou Moreira Franco.
com o Uol