Um terço dos usuários de plano de saúde recorre ao SUS ou paga consulta.
atualizado | 17-10-2013 | 11:36:54 | JornaldoSurdo
antos são os problemas e dificuldades enfrentados com planos de saúde no país que 30% dos usuários recorrem ao SUS (Sistema Único de Saúde) ou a atendimento particular para receber cuidado médico adequado. É o que mostra uma pesquisa da Associação Paulista de Medicina (APM), em parceria com o Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (17), às vésperas do Dia do Médico.
O levantamento indica que houve um aumento de 50% na procura de usuários de convênios por atendimento particular ou pelo SUS em relação à apuração anterior, feita no ano passado.
A pesquisa foi realizada junto à população adulta do Estado de São Paulo que utilizou planos de saúde dos últimos 24 meses. Foram consultados homens e mulheres, com 18 anos ou mais, pertencentes a todas as classes econômicas, que possuem plano ou seguro saúde como titulares ou dependentes. A amostra total é de 861 entrevistas, feitas em setembro deste ano. A margem de erro máxima é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%.
Os entrevistados apontaram queixas como a dificuldade para marcar consultas e para realização de exames, cirurgias e procedimentos de maior custo, entre outros pontos.
Entre os usuários, 79% relataram problemas. A APM diz que, projetando-se a proporção para os 10,4 milhões de usuários, há 8,2 milhões de pessoas com queixas. Cada pesquisado apontou mais de quatro problemas referentes ao plano de saúde.
Queixas
Questionados sobre a utilização de serviços e percepção de problemas, os entrevistados reclamaram do atendimento em prontos-socorros e consultas médicas (66%) e da realização de exames (47%). O pronto atendimento, terceiro em uso, é o serviço com maior índice de problemas (80%).
No item consultas médicas, demora na marcação (52%), médico saiu do plano (28%), e demora na autorização de consulta (25%) são as queixas mais citadas.
Quando aos exames e diagnósticos, as queixas são recorrentes para demora para marcação (28%), poucas opções de laboratórios e clínicas especializadas (27%), e tempo para autorização do exame ou procedimento (18%).
Local de espera lotado é o principal problema apontado pelos usuários do pronto atendimento (74%). Demora para ser atendido também é um aspecto importante, mencionado por 55% dos usuários. Outras reclamações bem citadas são demora ou negativa para realização de procedimentos necessários (16%), locais inadequados para receber medicação (13%) e negativa de atendimento (9%).
A pesquisa também mostra que 53% dos usuários acham que os planos de saúde colocam restrições e obstáculos ao trabalho dos médicos, e 67% têm a percepção de os planos dificultam a realização de exames de maior custo. Entre os entrevistados, 15% já fizeram reclamação, recurso ou notificação contra o plano de saúde.
com o Uol