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Bancários de SP decidem voltar ao trabalho na ...

Bancários de SP decidem voltar ao trabalho na segunda; Porto Alegre segue em greve.


atualizado | 11-10-2013 | 19:46:16 | JornaldoSurdo



Os bancários de São Paulo, Osasco e região decidiram aceitar a proposta das instituições financeiras de reajuste de 8% nos salários --1,82% de ganho real acima da inflação.

Com isso, os trabalhadores voltarão ao trabalho a partir de segunda-feira. Pelo acordo, os bancários grevistas vão trabalhar uma hora a mais por dia até 15 de dezembro.

Em São Paulo, os últimos a aprovar a proposta foram os bancários da Caixa Econômica Federal.

A decisão foi aprovada em assembleia no início da noite de hoje em São Paulo. A greve dos bancários durou 23 dias na região metropolitana de São Paulo. Foi a maior paralisação desde 2004, quando a categoria parou por 30 dias.

"Foi uma negociação difícil, mas que teve um bom desfecho. Quando começamos a negociar, os bancos falavam em aumento real zero; acabamos com 1,82%, que é um percentual acima da média da maioria das categorias", disse Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

PORTO ALEGRE REJEITA

Os bancários de Porto Alegre rejeitaram a proposta e farão nova assembleia na segunda.

Os funcionários do Rio de Janeiro e de Pernambuco também decidem hoje se voltam ao trabalho. Nos demais Estados, a decisão deve tomada em assembleias no início da próxima semana.

O piso dos bancários terá aumento de 8,5% (ganho real de 2,29%). Também foi acertado aumento de 10% sobre a parcela fixa da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e uma elevação de 2% para 2,2% no percentual de lucro que deve ser distribuído pelos bancos.

A inflação no período foi de 6,07%.

O salário médio da categoria é de R$ 4.740, e o piso salarial é de R$ 1.519. A PLR (participação nos lucros e resultados) paga aos caixas de bancos, segundo informou a Fenaban (sindicato patronal), varia entre 3,5 e 4 salários adicionais.

No início da campanha salarial, a categoria pediu 11,93% de reajuste, o que incluía 5% de aumento real, além de um valor maior para a PLR.


com a Folha de S.Paulo