Dilma pede pressa na aprovação da MP do Mais Médicos.
atualizado | 08-10-2013 | 09:26:33 | JornaldoSurdo
Presidente se reuniu com líderes aliados nesta segunda-feira; PT deve suspender obstrução da pauta, mas não aceita minirreforma eleitoral
Presidente Dilma Rousseff acelera votação do texto dos Mais Médicos (Fernando Bizerra Jr./EFE)
A presidente Dilma Rousseff pediu aos líderes aliados nesta segunda-feira que aprovem a Medida Provisória do Mais Médicos ainda nesta semana. A base aliada está dividida: o PMDB exige a votação da minirreforma eleitoral, e o PT, contrário à reforma, bloqueia a pauta.
Um dos temas em aberto no texto envolve a possibilidade de o Ministério da Saúde conceder o registro que permite aos médicos estrangeiros atuar temporariamente no Brasil. A oposição quer que essa prerrogativa permaneça com os Conselhos Regionais de Medicina.
Em encontro no Palácio do Planalto, Dilma ouviu dos líderes o compromisso de votar a MP dos Mais Médicos mesmo que não haja acordo. "Expressamos para a presidente que votaremos de qualquer jeito a MP amanhã [terça-feira], com ou sem obstrução. Chegou a hora de a onça beber água, e quem tiver voto leva", disse o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE). Segundo ele, até o PMDB concorda com a inclusão do tema em pauta.
Para atender ao pedido da presidente, o PT - junto com PDT e PCdoB - deve suspender a obstrução à pauta da Câmara. Mas Guimarães continua negando apoio à minirreforma. "Vamos insistir na tese do plebiscito. Queremos uma reforma ampla, e não um arremedo", disse o líder.
A minirreforma trata apenas de temas eleitorais - como o tipo de divulgação permitida aos candidatos e o formato da prestação de contas de campanha. Mesmo que seja aprovado, o projeto não valerá para as eleições de 2014.
Também no encontro desta segunda-feira, a presidente e os líderes combinaram que o Marco Civil da internet entrará na pauta da Câmara na semana que vem. O tema ganhou importância por causa das recentes revelações sobre ações de espionagem dos governos dos Estados Unidos e do Canadá no Brasil.
com a Veja