Profissionais do Mais Médicos no DF e entorno encontram falta de estrutura.
atualizado | 07-10-2013 | 15:19:20 | JornaldoSurdo
No Distrito Federal e nas cidades goianas do entorno, pacientes com hipertensão e diabetes foram os que mais procuraram os médicos que atuam no programa Mais Médicos no primeiro mês de trabalho, segundo profissionais que estão atuando na localidade. Na região, pré-natal e acompanhamento do desenvolvimento de crianças com até 1 ano também estão entre as principais demandas.
Apesar de faltar água potável no posto onde atua, problema que a prefeitura diz que será resolvido com a colocação do refil do purificador até a semana que vem, a médica Keila Rodrigues diz que o balanço do primeiro mês de atuação no programa é positivo. "É gratificante, porque eles demonstram que estão satisfeitos de ter um profissional que é de direito deles".
A médica está trabalhando em Águas Lindas de Goiás, cidade goiana que fica a cerca de 50 quilômetros de Brasília e onde a atenção básica só atende a 40% da população. "Quando eu preciso vou a Brazlândia ou ao a Ceilândia procurar atendimento. Aqui é difícil demais, nunca tem médico", relatou o representante comercial Lourival Alencar de 25 anos. Uma vendedora que não quis se identificar diz que faz o mesmo, já que no município sempre é atendida por enfermeiros, que têm uma atuação restrita.
A prefeitura solicitou 14 médicos ao programa Mais Médicos, quatro foram designados para o município, mas apenas Keila está atuando. Para uma população com quase 160 mil habitantes segundo o IBGE, a chegada de uma médica nova é quase imperceptível, mas para a população que vive ao redor do posto, é significante a presença da profissional.
Segundo a médica, não é raro faltar água e luz no Posto Coimbra, que ficou cerca de dois meses sem médico antes da chegada da profissional do programa. Apesar disso, ela considera que a casa onde funciona o posto é "relativamente boa" e que só para o atendimento quando as condições definitivamente impossibilitam. Keila também contou que seus pacientes praticamente não têm acesso a exames na rede pública e que marcar consulta com um especialista, para esta população, é muito difícil. "Costuma ser particular, é muito difícil".
Agência Brasil