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Suíça investiga esquema global de manipulação ...

Suíça investiga esquema global de manipulação cambial.


atualizado | 07-10-2013 | 10:35:52 | JornaldoSurdo



Suspeita é de que grandes bancos atuam de forma coordenada para combinar o valor de compra e venda de moedas

Funcionário faz checagem de notas na Casa da Moeda no Rio de Janeiro

Suspeita de manipulação global de moedas pode ser um dos motivos para a desvalorização do real neste ano (Sergio Moraes/Reuters)

As autoridades financeiras da Suíça abriram investigação em relação às suspeitas de que grandes bancos internacionais estariam manipulando a taxa de câmbio de moedas pelo mundo de forma coordenada. Essas instituições combinariam um valor para cada moeda estrangeira, o que influencia a cotação de moedas de países emergentes, como o real. Se comprovado, esse seria um novo escândalo do setor financeiro global.

Segundo as autoridades suíças, “múltiplas instituições" estariam implicadas no novo escândalo. Há um ano, os bancos já foram pegos manipulando a Libor – taxa do mercado financeiro de Londres que é referência para os juros no mundo -, o que resultou em condenações afetando Barclays, UBS e vários outros bancos. Por causa dessa fraude, o banco suíço UBS recebeu multa de US$ 1,5 bilhão e o britânico Barclays foi multado em US$ 450 milhões.

Por dia, os grandes bancos negociam trilhões no mercado de câmbio. A suspeita recebida pelas autoridades é de que os operadores de câmbio estariam trocando informação para decidir o valor e a quantidade de compra e venda das moedas. Ou seja, os valores não flutuariam livremente, mas seriam fixados em pelo menos dois momentos do dia. Em Londres, por exemplo, os horários mais importantes para fixar a taxa são às 11 horas e às 16 horas.

Os suíços indicaram que a investigação não está ocorrendo apenas no país e que governos de várias partes do mundo estão colaborando. Por enquanto, os investigadores não revelam nomes dos bancos ou países afetados. Bancos como o UBS e o Credit Suisse se recusaram a comentar o caso e se fazem parte da investigação.


Com Estadão Conteúdo