Endividamento das famílias sobe em julho e é o maior desde 2005
atualizado | 27-09-2013 | 15:14:59 | JornaldoSurdo
O endividamento das famílias brasileiras voltou a crescer em julho, pelo sétimo mês seguido, e bateu recorde histórico. Segundo dados do Banco Central, o total de dívidas das famílias representa 45,1% de sua renda acumulada em um ano. Este é o maior percentual da série histórica do BC, iniciada em janeiro de 2005.
Há um ano, esse percentual era de 43,41%. Em junho, era 44,82%.
O nível de endividamento mais que dobrou em oito anos, de acordo com o BC. Quando a série histórica foi iniciada, em janeiro de 2005, o patamar de endividamento era 18,39%, e de lá para cá tem aumentado constantemente.
EVOLUÇÃO DO ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS DESDE 2005
Fonte: Banco Central
"Esse aumento de endividamento acontece em bases seguras para o sistema financeiro", afirmou Tulio Maciel, chefe do Departamento de Economia (Depec) do Banco Central (BC), em entrevista coletiva.
Principal motivo é troca do aluguel pelo financiamento imobiliário
Sem contar o crédito habitacional, o endividamento ficou praticamente estável em julho (30,42%) ante o mês anterior (30,41%). Em julho do ano passado, contudo, o endividamento sem considerar o crédito imobiliário era de 31,4%.
Embora o endividamento tenha subido, o peso mensal das dívidas no orçamento das famílias ficou estável. Em julho, 21,5% da renda das famílias foi destinada ao pagamento de obrigações financeiras. Em junho, esse percentual era de 21,52%. Um ano atrás, era de 22,74%.
Sem contar o crédito habitacional, o comprometimento da renda com dívida caiu de 19,96% em junho para 19,73% em julho.
"O comprometimento da renda se mostra estável. O principal vetor é o imobiliário, que, na prática, são pessoas trocando aluguel por financiamento para formação de patrimônio", afirmou Maciel.
com Agências