Primeira avaliação do programa reprova só um ...

Primeira avaliação do programa reprova só um estrangeiro.


atualizado | 20-09-2013 | 11:58:06 | JornaldoSurdo



Prova avaliou 682 médicos com diplomas obtidos no exterior. Além de um reprovado, onze ficaram de recuperação

Médico cubano ouve discurso do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante uma conferência para médicos estrangeiros na Universidade de Brasília - (26/08/2013)

Médico cubano ouve discurso do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante uma conferência para médicos estrangeiros na Universidade de Brasília. Após três semanas de curso, os profissioanis tiveram de passar por uma prova de apenas três perguntas, que avaliava seu português (Ueslei Marcelino/Reuters)

Apenas um médico estrangeiro foi reprovado na avaliação aplicada semana passada pelo Ministério da Saúde aos profissionais selecionados pelo Mais Médicos. Zoheir Maadarini, nascido no Líbano e formado na Ucrânia, não alcançou 30% de desempenho no teste. Ele trabalharia em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, mas acabou desligado do programa. Outros onze obtiveram conceitos insatisfatórios e ficaram de recuperação.

Ao todo, 682 médicos intercambistas — brasileiros ou estrangeiros com diplomas obtidos no exterior — foram avaliados ao longo de três semanas de treinamento. De acordo com o governo, o conjunto de exercícios e atividades desenvolvidas no período teve 40% de participação na avaliação final. A nota restante veio da prova, formada por três questões com foco em conhecimentos na Língua Portuguesa. Os médicos em recuperação tiveram rendimento entre 30% e 50%.

Segundo o Ministério da Saúde, os profissionais em recuperação serão submetidos a mais duas semanas de treinamento com aulas de reforço em Brasília. Em seguida, devem ser novamente avaliados para então receber ou não aval para trabalhar no país. Da lista, quatro estão selecionados para atuar em cidades paulistas: dois no Guarujá, um em Guarulhos e outro em Arujá. O restante tem compromissos assumidos no Amazonas, Bahia, Mato Grosso, Pará e Roraima.

A previsão é que os aprovados na avaliação comecem a trabalhar na próxima segunda-feira. O prazo, no entanto, pode ser novamente alterado caso os registros não sejam fornecidos pelos conselhos regionais de medicina. Na programação inicial, os intercambistas deveriam ter iniciado o atendimento médico no dia 16, mas não receberam os registros para atuar no país.

As cidades que já tiveram confirmados os novos atrasos no programa lamentam a demora. No Guarujá, por exemplo, eram esperados sete estrangeiros, mas somente três deles chegarão às unidades de saúde na semana que vem. Além dos dois em recuperação, um desistiu e a participação do outro está ameaçada por problemas burocráticos, de documentação. Para piorar, os quatro brasileiros selecionados declinaram das vagas. O balanço mostra que de 11 médicos confirmados no início do programa, só três permanecem.

Tanto brasileiros como estrangeiros devem atuar em ações voltadas ao aprimoramento da atenção básica, com foco no Programa Saúde da Família (PSF). O salário pago mensalmente pelo Ministério da Saúde será de 10 mil reais, mas o rendimento poderá passar de 12 mil reais se forem , somados benefícios como auxílios moradia e vale alimentação.


Com Estadão Conteúdo