Foi o caso da estudante de administração da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Gabriela de Oliveira dos Santos, de 23 anos. Em 2011, ela ficou oito meses em Vancouver para estudar inglês e trabalhar em um restaurante. A sintonia foi perfeita.
— Escolhi o Canadá porque precisava aperfeiçoar o meu inglês e lá não tem tantos vícios de linguagem. A qualidade de vida e a cultura particular também me interessavam.
Gabriela diz que a combinação de estudos e trabalho foi ideal, tanto que conseguiu colocar em prática tudo o que aprendia. Hoje, a estudante colhe os frutos dessa experiência.
— O intercâmbio me deixou mais madura para alcançar os meus objetivos profissionais. Além disso, algumas grandes empresas o consideram um pré-requisito — avalia Gabriela, que atualmente é estagiária da Cerâmica Portobello, em Tijucas.
Esse sentimento em relação ao Canadá é comum entre os jovens.
Conforme a coordenadora de cursos no exterior da Intercultural, Camilla Ramos Ceccon, o país agrada a todos os gostos e faixas etárias.
— Eles são bem receptivos e atraentes para diversos públicos, desde o high school para adolescentes até os cursos para a melhor idade.
Além disso, as escolas canadenses sempre oferecem algum pacote promocional. Em um deles, o curso de inglês de quatro semanas em Vancouver sai por cerca de R$ 2,7 mil, sem considerar as despesas com passagem, hospedagem, visto e seguro de saúde. Mas não é apenas para estudos que os brasileiros vão ao Canadá. O trabalho também é um dos focos.
Segundo Cesar Maschmann, gerente de marketing da escola ALI Montreal, a mão de obra vinda do Brasil é vista de forma positiva pelos canadenses.
— Eles gostam da nossa capacidade de adaptação. Somos conhecidos como good workers: sérios, dedicados, honestos e de confiança.
O gerente conta que em Montreal, devido ao núcleo de companhias de Tecnologia da Informação (TI) e de desenvolvimento de videogames, os conhecimentos e as experiências técnicas dos brasileiros têm sido muito valorizadas.
:::Dados do setor
O Canadá é o destino mais procurado, citado por 91,3% das empresas, seguido por Estados Unidos, com 75%, e Reino Unido, com 68,8%
Em 2012, 175 mil brasileiros foram estudar no exterior e movimentaram mais de US$ 1 bilhão
A maioria dos estudantes tinha entre 18 e 30 anos
O tempo médio de permanência deles no exterior é de seis meses
Além da presença das classes A e B no mercado, 92% das agências entrevistadas detectaram o aumento na procura da classe C por intercâmbio
Os cursos de idiomas se mantiveram como os produtos mais comercializados pelas agências, e representam mais de 60% no volume de vendas
Em segundo lugar aparecem os cursos de high school (ensino médio no exterior), com 13,4%. Na sequência aparecem os cursos de férias, que representam 7,3%
Fonte: Associação Brasileira de Organizadores de Viagens Educacionais e Culturais
:::Como achar uma vaga
Primeiro é preciso ter currículo (em inglês) atualizado em mãos
Em seguida, faça uma busca das oportunidades em sites e jornais locais
A escola pode ajudar na busca dando dicas para preparar o currículo, a maneira correta de se apresentar e se portar durante a entrevista
DIÁRIO CATARINENSE