Mundo não deve se calar ante "barbárie" na Síria, afirma Obama.
atualizado | 04-09-2013 | 11:26:10 | JornaldoSurdo
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quarta-feira que a comunidade internacional não deve ficar calada ante o conflito na Síria, que chamou de "barbárie". Ele voltou a defender uma ação armada contra o regime de Bashar al-Assad e as provas de um ataque químico no país.
Washington pretende agir em retaliação contra o regime do ditador Bashar al-Assad, que passa por conflito armado contra rebeldes há dois anos e meio. Para os americanos, as tropas do governo sírio fizeram um ataque com armas químicas na periferia de Damasco, em 21 de agosto.
O presidente americano busca nesta semana o apoio do Congresso para aprovar a ação armada, o que deve acontecer em votação após o fim do recesso dos legisladores, na próxima segunda (9). Os líderes dos partidos republicano e democrata no Senado e na Câmara já respaldaram a intervenção.
Em entrevista coletiva após encontro com o primeiro-ministro da Suécia, Fedrik Reinfeldt, Obama disse que a credibilidade dos Estados Unidos, do Congresso americano e da comunidade internacional estão ameaçadas caso não haja uma reação contra o ditador sírio.
"Não fui eu quem colocou um limite, mas o mundo que impôs um limite contra o uso de armas químicas. Nossa credibilidade está em jogo se não houver reação contra Assad. Frente a tal barbárie, a comunidade internacional não pode ficar calada".
Para Obama, é preciso enviar uma "mensagem realmente forte" a Assad, que degrade sua habilidade para o uso de armas químicas, embora tenha reconhecido que a resposta militar não vá resolver o conflito no país árabe.
Questionado sobre a natureza das provas apresentadas sobre o uso de armas químicas, Obama afirmou que não tem a intenção de repetir o mesmo erro cometido na Guerra do Iraque, quando a intervenção contra o ditador Saddam Hussein foi autorizada com evidências que se provaram falsas anos depois.
Para ele, há provas claras do uso do gás venenoso pelo governo sírio. Segundo relatório da inteligência americana, a ação deixou 1.429 mortos, sendo 426 crianças, o que poderia ser o pior incidente com armas químicas em 25 anos.
com a Folha de S.Paulo