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Gasolina pode subir neste ano, mas não há data, diz presidente da Petrobras


atualizado | 08-10-2013 | 13:41:18 | JornaldoSurdo



O preço da gasolina pode subir este ano, mas não há uma data definida, disse nesta terça-feira a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, após evento em São Paulo.

"A gasolina pode subir esse ano. Não tem data. Como aconteceu todos os anos, a gente tem aumento de preço. E quem sabe, pode acontecer algum movimento abrupto inesperado. O [petróleo] Brent cai, o câmbio desce e aí tem redução no preço da gasolina. Ou seja, a previsão de aumento é possível, é previsível, mas não tem data", disse a executiva a jornalistas, ao final de um encontro do setor de siderurgia.

Rumores sobre o reajuste do preço dos combustíveis têm circulado pela imprensa nos últimos meses.

Em 22 de agosto, dois jornais -Folha e "O Estado de S. Paulo"- publicaram que o governo federal teria decidido subir os preços da gasolina e do diesel neste ano. Pelo Twitter, o Planalto negou que estivesse estudando um reajuste nos preços.

Em 3 de setembro, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que "não se cogita neste momento" o reajuste dos preços de combustíveis para este ano. Segundo ele, a Petrobras "sempre pede" ajustes nos preços.

Em 16 de setembro, "O Estado de S. Paulo" afirmou que o aumento no preço da gasolina seria concedido pelo governo federal até 21 de outubro, afirmando que parte importante da equipe econômica é favorável de que o reajuste seja de cerca de 8% nas refinarias. A Petrobras informou que "não há qualquer decisão".

Petrobras cobra reajuste nos preços

O aumento nos preços é cobrado pela Petrobras, como forma de alinhar os preços internos de derivados de petróleo aos valores internacionais, cotados em dólar.

O diesel foi reajustado duas vezes este ano pela Petrobras--com altas de 6,6% em janeiro e 5% em março--, enquanto a gasolina teve uma alta de 5,4% janeiro.

Na gasolina, o governo tentou amenizar o impacto sobre a inflação com aumento na proporção de etanol misturado no combustível, de 20% para 25%, mas a decisão só foi executada em maio.

O impacto do aumento dos combustíveis sobre a inflação tem sido uma preocupação constante do governo.

Em 2012, quando a Petrobras anunciou reajustes, o governo reduziu a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) até ela ser zerada para os combustíveis, com o objetivo de neutralizar os impactos dos aumentos para o consumidor final e, desse modo, para a inflação.


com Reuters