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Dólar fecha em baixa pelo segundo dia seguido,

Dólar fecha em baixa pelo segundo dia seguido, e cai a R$ 2,348.


atualizado | 28-08-2013 | 18:41:10 JOrnaldoSurdo



dólar comercial fechou em queda nesta quarta-feira (28), pelo segundo dia seguido, com desvalorização de 0,86%, para R$ 2,348 na venda. É o menor valor desde o dia 15 deste mês, quando o dólar valia R$ 2,339.

Esse desempenho foi contrário ao que aconteceu no exterior, onde a moeda norte-americana ganhou força diante dos temores de uma ação militar dos Estados Unidos na Síria.

Por aqui, os investidores aproveitaram as fortes altas recentes e venderam dólares para embolsar lucros. Além disso, o Banco Central deu continuidade a seu programa de intervenção para conter a alta da moeda.

Pela manhã, o BC vendeu todos os 10 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão equivalente à venda de dólares no mercado futuro, com vencimento em 2 de dezembro de 2013.

A operação movimentou US$ 498,2 milhões.

O volume de negociação na BM&F ficou em US$ 1,88 bilhão.

O operador de câmbio da B&T Corretora, Marcos Trabbold, acha que o dólar ainda tem espaço para cair "um pouco mais". "Como o mercado já sabe tudo que vai acontecer em termos de atuações do Banco Central, o pessoal acaba voltando atrás em algumas apostas", emendou.

Intervenções do BC

Os leilões que estão sendo realizados diariamente pelo Banco Central fazem parte de um plano de intervenção contínua, anunciado pelo BC na semana passada.

Além deles, o BC anunciou ainda, na terça-feira, que fará nos dias 16, 17 e 18 de setembro leilões de rolagem de 135.300 contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda de dólares no futuro) com vencimento em 1º de outubro.

 Esse cronograma coincide com as datas da reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano, marcada para 17 e 18 de setembro e na qual investidores acreditam que o banco central dos EUA poderá decidir reduzir suas compras mensais de títulos.

Brasil tem 'bala na agulha' para enfrentar turbulências, diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil possui "bala na agulha" para encarar as oscilações da economia mundial. "Temos uma situação fiscal muito boa", declarou.

"Sabe aquela história de guardar no colchão? O Brasil não guarda no colchão, mas ele tem entre US$ 378 e US$ 372 bilhões em reservas (internacionais)", disse Dilma em entrevista por telefone a rádios de Belo Horizonte. "Então, nós temos o que se chama 'bala na agulha' para encarar esses processos que ocorrem internacionalmente".

Dilma culpou a política monetária dos Estados Unidos pela alta do dólar. No ano, a moeda norte-americana acumula valorização de 14%.


 

Com Reuters