Balança comercial fica positiva pela 1º vez no ano após "exportação" de plataforma.
atualizado | 07-10-2013 | 17:23:46 | Jornal do Surdo
Graças a "exportação" de uma plataforma de extração de petróleo no valor de US$ 1,9 bilhão na semana passada, pela primeira vez neste ano a balança comercial brasileira passou a apresentar saldo positivo, mas de apenas US$ 246 milhões.
O problema é que a plataforma não foi de fato exportada. Segundo a assessoria do Mdic (Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior), essa operação "seguiu o mesmo padrão" da exportação de uma plataforma registrada em junho. Naquele caso, o equipamento foi exportado por fornecedores brasileiros para subsidiárias da Petrobras no exterior e posteriormente alugado pela própria estatal. Essa operação foi feita dentro das regras do regime aduaneiro especial Repetro, que dá incentivos tributários.
Procurada pela Folha, a Petrobras ainda não se manifestou.
Nos primeiros quatro dias de outubro, o país exportou US$ 6,069 bilhões e importou US$ 4,215 bilhões, registrando superavit de US$ 1,854 bilhão. Ou seja, sem a venda da plataforma, o saldo das trocas comerciais teria ficado levemente negativo no período e continuaria deficitário no acumulado do ano.
Até sexta-feira passada, as exportações somavam no ano US$ 183,719 bilhões e as importações, US$ 183,473 bilhões, com saldo positivo de apenas US$ 246 milhões.
CONTA PETRÓLEO
O desempenho fraco da balança comercial brasileira neste ano se deve principalmente ao deficit nas trocas da conta petróleo, que contabiliza as transações externas de óleo bruto e combustíveis derivados, como gasolina e diesel.
Sem conseguir produzir em quantidade suficiente para atender a demanda interna, a Petrobras está tendo que importar combustível em quantidade maior. Além disso, as exportações de petróleo da estatal recuaram no ano devido à queda da sua produção causada, segundo a companhia, por paradas técnicas de manutenção em algumas plataformas.
Outro fator que também impacta o resultado da balança é que parte dos combustíveis importados pela Petrobras no ano passado só foi contabilizada neste ano devido a uma mudança na forma como a Receita Federal registra essas compras.
com a Folha de S.Paulo