Aprender um segundo idioma ajuda a conservar a saúde mental.
atualizado | 08-11-2013 | 10:36:24 | JornaldoSurdo
De acordo com um estudo, pessoas bilíngues tendem a demorar mais para apresentar sinais de demência
Prevenção: aprender um novo idioma implica em um exercício constante das funções cerebrais (Thinkstock)
Estudar um novo idioma pode ser uma boa estratégia para preservar funções como a memória e a capacidade de aprendizagem durante a velhice. É isso que revela uma pesquisa publicada nesta quarta-feira no periódico Neurology. Segundo o estudo, pessoas que falam mais de uma língua tendem a apresentar sinais de demência, ou seja, de diminuição das funções mentais, cerca de cinco anos mais tarde que os demais.
A demência costuma afetar pessoas com mais de 65 anos de idade, mas não faz parte do processo normal de envelhecimento. No estudo, foram analisados aproximadamente 650 voluntários diagnosticados com o distúrbio — incluindo pacientes acometidos por Alzheimer e demência provocada por um acidente vascular cerebral. Ao fim da análise, os cientistas chegaram à conclusão de que os participantes bilíngues demoraram mais para apresentar os sintomas iniciais do transtorno.
Os mecanismos que levam ao benefício, entretanto, ainda são desconhecidos. Os pesquisadores sugerem que a troca de informações constante no processo bilíngue, com diferentes sons, palavras, conceitos e estruturas gramaticais, pode ser uma forma muito eficaz de treinar o cérebro.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Age of onset of dementia is delayed by multilingualism and advanced by stroke and rural dwelling independently
Onde foi divulgada: periódico Neurology
Quem fez: S. Mekala, S. Alladi, T.H. Bak, V. Duggirala, B. Surampudi, A.K. Shukla, J.R. Chaudhuri e S. Kaul
Instituição: Universidade de Edimburgo, na Escócia, e Instituto Nizam de Ciências Médicas em Hyderabad, na Índia
Dados de amostragem: Cerca de 650 pacientes diagnosticados com demência
Resultado: Os pesquisadores chegaram à conclusão de que falar mais de um idioma faz com que os primeiros sintomas de demência se manifestem cinco anos mais tarde.
com a Veja