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Ações da Petrobras disparam após notícias sobre...

Ações da Petrobras disparam após notícias sobre reajuste dos combustíveis.


 

atualizado | 22-08-2013 | 11:15:25 | JornaldoSurdo

As ações da Petrobras tinham forte alta nesta quinta-feira (22), em meio a notícias de que o governo federal decidiu elevar novamente os preços da gasolina e do óleo diesel neste ano.

Às 10h09, a ação preferencial da estatal (PETR4) avançava 3,6%, a R$ 17,99, enquanto o papel ordinário (PETR3) saltava 3,94%, a R$ 17,15.

A decisão de aumentar o preço dos combustíveis teria surgido pela intensificação da alta do dólar contra o real, que tem pesado sobre as contas da Petrobras.

A forma do reajuste, porém, ainda não foi definida. O jornal "O Estado de S. Paulo" publicou sem citar fontes que "o reajuste deve ficar na casa de um dígito para os dois produtos, mas o martelo ainda não está batido quanto ao momento ideal para a alta dos preços".

A decisão de reajuste teria sido tomada em reunião ocorrida na véspera entre a presidente Dilma Rousseff, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster; e os ministros da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; e do Desenvolvimento, Fernando Pimentel.

A "Folha de S.Paulo" publicou que "a desvalorização cambial não deixa muitas alternativas, e auxiliares presidenciais dizem ser muito difícil fugir de um aumento nos próximos meses".

A Petrobras "chegou a propor um reajuste escalonado, para diluir o impacto inflacionário, mas não tem esperança de um aumento que compense integralmente a desafagem (entre preços internos e internacionais dos combustíveis)", segundo o jornal.

Questionado sobre um eventual aumento dos combustíveis, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou no último dia 16 que os reajustes nos preços dos combustíveis no Brasil ocorrerão periodicamente. "Essa é, digamos, a regra", disse a jornalistas, acrescentando que os aumentos não são anunciados com atecendência.

O aumento nos preços é cobrado pela Petrobras, como forma de alinhar os preços internos de derivados de petróleo aos valores internacionais, cotados em dólar.

O diesel foi reajustado duas vezes este ano pela Petrobras--com altas de 6,6% em janeiro e 5% em março--, enquanto a gasolina teve uma alta de 5,4% janeiro.

Na gasolina, o governo tentou amenizar o impacto sobre a inflação com aumento na proporção de etanol misturado no combustível, de 20% para 25%, mas a decisão só foi executada em maio.

O impacto do aumento dos combustíveis sobre a inflação tem sido uma preocupação constante do governo.

Em 2012, quando a Petrobras anunciou reajustes, o governo reduziu a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) até ela ser zerada para os combustíveis, com o objetivo de neutralizar os impactos dos aumentos para o consumidor final e, desse modo, para a inflação.


Com Reuters